Moraes acata acareação entre Braga Netto e Mauro Cid no STF
STF marca confronto presencial para esclarecer contradições em depoimentos da trama golpista — defesa de Braga Netto consegue vitória estratégica contra a delação de Cid.

Em primeiro lugar, a frase‑chave: Moraes acata acareação Cid Braga Netto. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, aceitou o pedido da defesa do general Walter Braga Netto para realizar uma acareação com Mauro Cid — marcada para o dia 24 de junho, às 10h, no Supremo Tribunal Federal. A iniciativa visa esclarecer pontos divergentes entre seus depoimentos no inquérito da tentativa de golpe.
Conflitos que motivaram o confronto
A defesa de Braga Netto identificou contradições “insanáveis” entre sua versão e a de Cid. O delator afirma que houve reunião no fim de 2022 para tratar do plano “Punhal Verde e Amarelo” e acusa Braga Netto de entregar dinheiro para Cid, a fim de financiar ações antidemocráticas. O ex-ministro nega totalmente a versão, abrindo espaço para o pedido de confrontação direta.
Como será a acareação
Braga Netto, atualmente preso preventivamente, deverá ser conduzido de Brasília ao STF com tornozeleira eletrônica, hospedando-se em local definido pela Justiça, e sem falar com terceiros — somente com seus advogados. Logo após a audiência, retorna à prisão. A sessão será pessoal, sem depoimento por videoconferência.
No mesmo dia, às 11h, haverá outra acareação entre o ex-ministro Anderson Torres e o general Freire Gomes, para confrontar versões divergentes em seus depoimentos.
Significado político-institucional
Essa acareação revela que o STF intensifica as investigações de forma técnica e rigorosa — sem abrir espaço para jugular política. Colocar réus frente a frente implica testar a consistência narrativa em um tribunal técnico. Moraes resguarda o direito à ampla defesa — os réus podem omitir informações, mentir ou permanecer em silêncio — enquanto o depoimento permanece livre de correlação automática com a verdade.
Perguntas para refletir
- Esse tipo de confronto contribui para dissolver depoimentos contraditórios ou apenas reforça narrativas opositoras?
- A estratégia jurídica da defesa enfatiza contradições ou realmente clareia os fatos?
- Em que medida o STF assume o papel de arbitragem institucional em meio a pressões midiáticas?
Conclusão
A decisão de Moraes de acatar a acareação entre Braga Netto e Cid é uma demonstração de maturidade institucional: prioriza o embate de versões conflitantes e reafirma que o processo não será cerceado por recursos políticos. O que está em risco é a credibilidade dos depoimentos — e, por extensão, o futuro da acusação central da trama golpista.
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