Moraes barra vídeos durante depoimento de Bolsonaro
Defesa tenta exibir vídeos com críticas às urnas eletrônicas durante depoimento, mas Alexandre de Moraes barra argumento e impõe regras do processo penal.

Na tarde de 10 de junho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para reproduzir cerca de 11 vídeos no interrogatório da ação penal por suposta trama golpista. Moraes destacou que esse não é o momento adequado para apresentar provas novas.
Pedido da defesa
A defesa, capitaneada por Celso Vilardi, queria exibir gravações com críticas ao sistema eleitoral feitas por Flávio Dino, Carlos Lupi e Ciro Gomes, alegando que isso garantiria transparência. Bolsonaro chegou a prever: “se puder ficar à vontade, preparem‑se, serão horas”.

Fundamentação legal do veto
Interrogatório não é palco
Para Moraes, o interrogatório serve ao exercício da autodefesa. Provas novas, desconhecidas das partes, não podem ser inseridas nesse momento.
Artigo 231 do CPP
O art. 231 do Código de Processo Penal exige que mídias sejam juntadas previamente aos autos, garantindo prazo para contestação e autenticação.
Repercussão e próximos passos
Evitar espetáculo jurídico
A decisão sinaliza comprometimento com o rito técnico e impede que o interrogatório se torne palco midiático povoado de desinformação.
Procedimento futuro
A defesa pode agora formalizar o pedido juntando os vídeos aos autos, abrindo prazo de impugnação, e solicitar autorização nos termos legais — mas não no momento do depoimento.
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