Moraes confronta general Freire Gomes: “Ou mentiu na polícia ou mente aqui”
Ministro do STF repreende ex-comandante do Exército por contradições em depoimentos sobre trama golpista.

Moraes confronta general Freire Gomes: “Ou mentiu na polícia ou mente aqui”
Durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes repreendeu o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, por apresentar versões contraditórias sobre uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro no final de 2022. A Corte divulgou, nesta terça-feira (3), os vídeos dos depoimentos de testemunhas no julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado.
Moraes destacou que Freire Gomes relatou à Polícia Federal (PF) ter participado de uma reunião em que Bolsonaro teria tratado de propostas golpistas e que o almirante Garnier Santos, então comandante da Marinha, teria se colocado à disposição do ex-mandatário. No depoimento ao STF, no entanto, o general disse não ter visto “conluio” por parte de Garnier.
“Antes de responder, pense bem. A testemunha não pode deixar de falar a verdade. Se mentiu na polícia, tem que falar que mentiu na polícia. Não pode agora no STF dizer que não sabia… Ou o senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui”, disse o ministro, relator do caso.
Freire Gomes respondeu: “Nunca menti. O almirante Garnier tomou a posição de estar com o presidente. Não omiti o dado. Ele disse que estava com o presidente. Agora, a intenção do que ele quis dizer não me cabe”.
O ministro ressaltou que, como testemunha, o general não podia apresentar versões contraditórias sobre os fatos. Moraes reforçou que testemunhas não podem apresentar versões contraditórias sobre os fatos e alertou o general sobre as consequências legais desse comportamento.
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