Em depoimento ao STF, o ex-ministro da Defesa contou que, em reunião de 7 de dezembro de 2022, advertiu Jair Bolsonaro sobre a gravidade e consequências jurídicas de decretar estado de defesa ou de sítio.

Resumo do depoimento

Segundo Paulo Sérgio Nogueira, em 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, ocorreu uma conversa entre Bolsonaro e os ex-comandantes do Exército e da Marinha, Marco Antônio Freire Gomes e Almir Garnier. O ex-ministro afirmou ter alertado o presidente sobre as implicações de adotar medidas restritivas, caso ele estivesse cogitando decretar estado de defesa ou sítio, em meio às discussões sobre reação à derrota eleitoral.

Ele relatou que, após essa reunião, disse a Bolsonaro para não se aprofundar no tema, enfatizando a “seriedade” e “gravidade” de tais medidas. Na visão do general, os riscos potenciais não justificavam qualquer cenário de ruptura institucional .


Contexto e relevância

A narrativa de Nogueira reforça que, embora ideias de intervenção tenham sido discutidas informalmente, também houve uma clara preocupação militar com os impactos legais e institucionais dessas alternativas — um contraponto à defesa estabelecida por Bolsonaro e seus aliados.

Implicações e repercussão

  1. Justiça: o depoimento pode pesar na avaliação do STF sobre a postura cautelosa de alguns militares em relação aos planos de ruptura.
  2. Militares: evidencia divisão interna, entre quem questionava essas medidas e quem participava de debates que beiravam ações excecionais.
  3. Política: sublinha a tensão no entorno do presidente, refletindo que Bolsonaro chegou a testar limites constitucionais com o auxílio de militares de alta patente — ainda que tenha sido confrontado quanto aos riscos .

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