Neto de Figueiredo delira com militares e ameaça comandante do Exército
Paulo Figueiredo, investigado por envolvimento em tentativa de golpe, projeta-se como futuro ministro da Defesa e ataca general Tomás Paiva
Em mais um episódio que beira o delírio, Paulo Figueiredo, neto do último ditador do regime militar brasileiro, João Figueiredo, voltou a atacar membros das Forças Armadas e a projetar-se como futuro ministro da Defesa. Investigado por seu envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, Figueiredo agora direciona suas ameaças ao atual comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.CNN BrasilCartaCapital+4Jornal Cidade RC+4Exame+4
Segundo reportagem da Revista Fórum, Figueiredo, nervoso após o vazamento de conversas com o tenente-coronel Mauro Cid que implicam Jair Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro, afirmou que “vai cagar” o general Tomás Paiva, em uma clara ameaça ao comandante do Exército .CNN Brasil+4Facebook+4X (formerly Twitter)+4
As declarações de Figueiredo não são isoladas. Em novembro de 2022, ele já havia acusado publicamente três generais — Tomás Paiva, Richard Fernandez Nunes e Valério Stumpf Trindade — de agirem contra uma “ação mais direta” das Forças Armadas em relação ao resultado das eleições. Na ocasião, o Exército emitiu nota rechaçando as declarações e reafirmando o compromisso dos militares com a legalidade e a Constituição .CartaCapital+1Aos Fatos+1
As investigações da Polícia Federal apontam que Figueiredo fazia parte de um grupo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe, utilizando-se de programas de rádio e televisão para propagar fake news e atacar generais que se opunham à ruptura democrática .CNN Brasil+1Aos Fatos+1
O comportamento de Figueiredo evidencia o desespero de setores bolsonaristas diante do avanço das investigações sobre a tentativa de golpe. Ao atacar o comandante do Exército e projetar-se como ministro da Defesa, Figueiredo revela não apenas sua ambição desmedida, mas também o desprezo pelas instituições democráticas e pelas Forças Armadas, que têm se posicionado em defesa da legalidade.
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