PGR reafirma prisão de Braga Netto como essencial para proteger a democracia
Paulo Gonet rejeita pedido de liberdade do general e destaca gravidade das acusações na tentativa de golpe de 2022

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer favorável à manutenção da prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, investigado por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumenta que a prisão é necessária para preservar o curso do processo e evitar riscos à instrução criminal.
Paulo Gonet rejeita pedido de liberdade do general e destaca gravidade das acusações na tentativa de golpe de 2022
Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, está preso desde dezembro do ano passado. Ele é acusado de tentar obter ilegalmente informações sigilosas relacionadas à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no contexto das apurações sobre uma possível articulação golpista.
No parecer, Gonet afirma que a gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os perigos de reiteração delitiva e de obstáculo à instrução criminal são motivos suficientes para justificar a manutenção da custódia cautelar. O procurador destaca que medidas cautelares alternativas não seriam adequadas para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.
A defesa de Braga Netto argumenta que a prisão é baseada na gravidade dos crimes imputados, o que consideram incorreto e manifestamente ilegal. Os advogados solicitam a substituição da prisão por medidas menos severas, alegando falta de fundamentos concretos para a manutenção da custódia.
O parecer da PGR será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável por decidir sobre a manutenção ou revogação da prisão preventiva de Braga Netto. Ainda não há data definida para a nova decisão do Supremo.
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