A Queda de Collor: Justiça ou Vingança Política? O Fim de um Ciclo de Impunidade
Ex-presidente é preso em Maceió após STF esgotar recursos e Moraes decretar prisão imediata por corrupção na BR Distribuidora

Introdução: A Prisão que Demorou, mas Chegou
Fernando Collor de Mello, o ex-presidente que já havia escapado de um impeachment nos anos 90, finalmente enfrenta as grades. Preso na madrugada desta sexta-feira (25/04/2025) em Maceió, Collor tentava embarcar para Brasília quando foi interceptado pela Polícia Federal. A ordem veio do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que considerou os recursos da defesa como “meramente protelatórios”.
Mas por que só agora? E o que esse caso revela sobre o Sistema de Justiça brasileiro?
O Esquema da BR Distribuidora: R$ 20 Milhões em Propinas e o Jogo Político
Como Funcionava o Crime?
Collor foi condenado por receber R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014 para facilitar contratos entre a BR Distribuidora (subsidiária da Petrobras) e a UTC Engenharia. Em troca, garantia indicações políticas para cargos na estatal26.
- Delatores chave: Ricardo Pessoa (UTC) e Alberto Youssef (doleiro) revelaram os repasses.
- Lavagem de dinheiro: Collor comprou Ferraris, Porsches e imóveis de luxo para ocultar o dinheiro3.
A Longa Batalha Judicial
Apesar da condenação em 2023, Collor usou todos os recursos possíveis para adiar a prisão:
- Embargos de declaração (rejeitados em 2024).
- Embargos infringentes (negados por Moraes em 24/04/2025)5.
Moraes foi taxativo:
“A defesa só queria protelar. O STF não vai mais tolerar isso.”3
A Decisão de Moraes: Por que a Prisão Foi Imediata?
O Argumento do STF
- Trânsito em julgado: Com a rejeição dos últimos recursos, a pena virou definitiva.
- Caráter protelatório: Moraes entendeu que a defesa só queria ganhar tempo7.
O que Acontece Agora?
- Collor ficará preso em Maceió até o STF definir se cumprirá pena em Brasília.
- O plenário virtual do STF analisará hoje (25/04) a decisão de Moraes4.
A Reação da Defesa: “Surpresa e Preocupação”
Os advogados de Collor alegam:
- “Prescrição dos crimes” (argumento ainda não julgado).
- “Saúde frágil” (Collor tem 75 anos e pode pedir regime domiciliar)7.
Mas o STF já deixou claro: não há mais espaço para impunidade.
Conclusão: Um Recado do STF aos Poderosos
A prisão de Collor não é só sobre um ex-presidente. É sobre um sistema que, por anos, permitiu que políticos corruptos escapassem. Agora, com a Lava Jato e um STF menos tolerante a delongas, a mensagem é clara:
“Nenhum cargo ou influência política justifica a corrupção.”
Se a Justiça foi lenta, ao menos foi certeira. Resta saber: quantos outros seguirão o mesmo caminho?
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