Após fuga de Zambelli, PT pede tornozeleira eletrônica para Bolsonaro
Lindbergh Farias solicita ao STF medida cautelar para evitar possível evasão do ex-presidente

A recente fuga da deputada cassada Carla Zambelli (PL-SP) reacendeu debates sobre a possibilidade de evasão de outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Diante desse cenário, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta terça-feira (3) um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro.
Lindbergh argumenta que a medida é necessária para impedir uma eventual fuga do ex-presidente, especialmente após a saída do país de Zambelli e do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos Estados Unidos. O parlamentar destaca que ambos são investigados em procedimentos análogos e possuem conexão direta com Jair Bolsonaro.
O pedido inclui também a proibição de Bolsonaro de acessar embaixadas, consulados, aeroportos, rodoviárias, portos e fronteiras, visando evitar possíveis tentativas de evasão por vias diplomáticas. Em fevereiro de 2024, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal, Bolsonaro teve seu passaporte apreendido e se alojou na embaixada da Hungria em Brasília por duas noites, o que levantou suspeitas sobre uma possível tentativa de refúgio político.
Especialistas avaliam que a imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, pode ser adotada pelo STF para garantir o cumprimento da lei e evitar obstruções à Justiça. No entanto, ressaltam que a aplicação de tais medidas deve considerar o princípio da presunção de inocência e a necessidade de provas concretas de risco de fuga.
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