Racha na extrema-direita: Michelle cobrou saída de Wajngarten do PL após críticas a ela
Ex-primeira-dama determinou a saída de Fábio Wajngarten após vazamento de críticas e conflitos internos — crise abala PL.

Segundo reportagem do Diário do Centro do Mundo, foi a própria ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro quem cobrou a demissão de Fábio Wajngarten do PL — após mensagens vazadas em que ele tecia críticas a ela e debatia candidaturas possíveis para 2026. O episódio deixou claro: há um racha profundo na extrema-direita, cujos efeitos chegam até o núcleo do partido governista.
Michelle na linha de frente do conflito
- O Diário do Centro do Mundo relata que a ordem de demissão de Wajngarten partiu de Michelle, presidente do PL Mulher, após trocas de mensagens entre o ex-chefe da Secom e o ex-ajudante Mauro Cid em que ambos criticavam sua atuação.
- Esse movimento evidencia a força política de Michelle dentro do PL e a insatisfação que os vazamentos geraram no entorno bolsonarista.
Mensagens que incendiaram o PL
- Vazamentos revelaram que em janeiro de 2023, Wajngarten enviou notícia sobre a possibilidade de Michelle concorrer em 2026 — resposta de Mauro Cid: “Prefiro o Lula”. Wajngarten concordou: “Idem”.
- Outro trecho polêmico mostrava criticas à influência de Michelle: uma mensagem dizia que, se concorresse, “ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja”.
Crise institucional e efeitos no PL
- O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou a demissão do assessor à pedido de Michelle. A assessoria dela, porém, afirmou que a decisão partiu da “cúpula do PL”, citando “ato de deslealdade”.
- O episódio pegou o partido de surpresa, provocando tensão dentro da ala alinhada a Bolsonaro — com descontentamento visível e denúncias de retaliação interna.
Impactos políticos
Em primeiro lugar, esse episódio escancarou ao público o racha crescente dentro do PL: enquanto a ala de Michelle se fortalece, setores ligados a Bolsonaro sentem-se traídos.
Por outro lado, a decisão revela a habilidade política de Michelle Bolsonaro — capaz de direcionar a demissão de um dos principais articuladores do governo — evidenciando disputa interna de poder.
Acresce que a crise nasce de críticas expostas por Wajngarten, mas se converteu em litígio político: quem controla as estruturas do PL para 2026?
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