Ao defender Wajngarten contra a primeira-dama do clã, pastor escancara a disputa de poder na extrema-direita evangélica e a erosão moral do bolsonarismo

Início do conflito: Wajngarten criticou Michelle Bolsonaro

O estopim foi a divulgação de mensagens interceptadas pela Polícia Federal, nas quais Fábio Wajngarten — ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro e assessor do PL — afirmou que, caso Michelle Bolsonaro fosse candidata à presidência, “prefiro o Lula”. Em consequência, o PL, sob influência de Michelle, determinou sua demissão no dia 20 de maio de 2025.


Silas Malafaia reage: “covardia” da demissão

Na quarta-feira (21/05/2025), Silas Malafaia — pastor evangélico com forte influência no bolsonarismo — publicou nas redes sociais uma crítica contundente:

“Fábio Wajngarten, você tem minha solidariedade. Não gosto de ver covardia e gente que não tem memória das coisas boas. Estão sempre prontas para apontar falhas, nunca acertos.”.

Essa declaração foi interpretada como um posicionamento firme contra Michelle Bolsonaro e as circunstâncias que cercaram a demissão de Wajngarten.


Interpretação: O racha no bolsonarismo se escancara

  1. A influência crescente de Michelle
    A intervenção direta de Michelle na saída de Wajngarten evidencia seu poder dentro do PL — decisão confirmada por fontes como O Globo, que afirma ter ocorrido “a pedido da ex-primeira-dama”.
  2. O posicionamento de Malafaia
    Malafaia sempre foi um aliado fervoroso de Jair Bolsonaro e uma figura influente no eleitorado evangélico. Ao criticar a demissão, mostra que não está disposto a aceitar decisões unilaterais que traumatizem membros do núcleo político bolsonarista.
  3. Consequências para a coesão do PL
    Esse episódio pode acelerar uma disputa interna por poder: será que Michelle emergirá como líder inconteste do bolsonarismo pós-Jair? Ou pastores como Malafaia — que mobilizam redes de igrejas e eleitores — permanecerão como contrapeso? O caso Wajngarten pode sinalizar o início de um racha mais profundo no partido.

Elementos adicionais:

Sobre Silas Malafaia

  • Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, com atuação política consistente desde 2018, inclusive presidenciável, tem forte penetração no eleitorado evangélico.
  • Sua crítica pública à demissão reforça uma possível fratura estratégica no núcleo de poder da direita bolsonarista.

Sobre Fábio Wajngarten

  • Advogado e ex-chefe da Secom no governo Bolsonaro, demitido após as críticas a Michelle em mensagens privadas.
  • As mensagens foram vinculadas a conversas com Mauro Cid, ex-assessor de ordens, e indicam tensões internas sobre direção futura do PL.

Conclusão

  1. Apoiador x herdeira: A postura de Malafaia confronta diretamente o crescente protagonismo de Michelle no PL.
  2. A crise simbólica: Alguém tão próximo ao Bolsonaro sendo demitido por interferência da ex-primeira-dama é sinal claro de que a fidelidade cedeu lugar à disputa por controle.
  3. Desafio ao futuro político: Malafaia pode emergir como voz antagônica à tentativa de consolidação de Michelle, criando tensões que podem afetar a unidade do bolsonarismo nas eleições de 2026.

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2 comentários sobre “Malafaia rompe com Michelle e expõe guerra interna no bolsonarismo

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