STF hesita em prender Bolsonaro e compromete integridade do processo
Ligação de Bolsonaro a Mourão orientando depoimento expõe fragilidade da Justiça diante de ações que ameaçam a democracia

A recente hesitação do Supremo Tribunal Federal (STF) em decretar a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, mesmo após evidências de tentativa de interferência no processo judicial, levanta sérias preocupações sobre a integridade e eficácia do sistema judiciário brasileiro. A ligação do ex-presidente ao senador Hamilton Mourão, orientando-o sobre o que dizer em depoimento, é um claro indicativo de tentativa de obstrução da Justiça. A inação do STF diante desse fato compromete não apenas o andamento do processo, mas também a credibilidade da instituição perante a sociedade.
A ligação que expõe a fragilidade do STF
A atitude de Bolsonaro ao ligar para Mourão, orientando-o sobre seu depoimento, é um ato que, em qualquer democracia sólida, resultaria em medidas imediatas por parte do Judiciário. No entanto, o STF optou por não agir, demonstrando uma preocupante leniência diante de ações que claramente visam minar o processo judicial. Essa hesitação não apenas enfraquece o caso contra Bolsonaro, mas também envia uma mensagem perigosa de que tentativas de interferência no Judiciário podem ocorrer impunemente.
Implicações para a democracia brasileira
A inação do STF diante de evidências tão claras de tentativa de obstrução da Justiça por parte de Bolsonaro tem implicações profundas para a democracia brasileira. Ao não tomar medidas firmes, o Supremo compromete sua autoridade e abre precedentes perigosos para futuros casos. A confiança da população na imparcialidade e eficácia do sistema judiciário é fundamental para a manutenção do Estado de Direito. A hesitação em agir contra tentativas de minar esse sistema pode levar a uma erosão dessa confiança, com consequências imprevisíveis para a estabilidade democrática do país.
Conclusão:
A hesitação do STF em prender Jair Bolsonaro, mesmo diante de evidências claras de tentativa de obstrução da Justiça, é um sinal alarmante de fragilidade institucional. Para preservar a integridade do processo judicial e a confiança da população na Justiça, é imperativo que o Supremo adote uma postura firme e coerente com os princípios democráticos que jurou defender. A democracia brasileira não pode se dar ao luxo de tolerar ações que a ameaçam em sua essência.
Eu entendo que deveríamos colocar no cálculo que publicizar a ligação entre os dois talvez seja parte de uma estratégia de várias frentes, ainda mais levando em conta que:
(1) Mourão não tem seu nome envolvido com nenhuma acusação, e por ser senador, há menos riscos de sofrer punição
(2) Depois da prisão, Mourão pode alegar que se confundiu ou se expressou mal.
Nesse exato momento,
O Congresso pressiona o Executivo;
A Câmara dá sinais claros de conflito contra o Judiciário;
As bigtechs impulsionam mentiras e conteúdo de extrema direita contra o governo Lula;
A imprensa tradicional turbina o noticiário com manchetes favoráveis a Bolsonaro e a possíveis adversários do Lula para 2026;
EUA entraram no jogo e colocaram não só os donos das bigtechs, como também o próprio governo para atacar o Brasil;
Bananinha, como um Alcibíades tupiniquim resolveu se prostituir com os inimigos, ainda contanto com incrível base de apoio de agentes do mercado financeiro;
Para alguém aparentemente desesperado, como dizem estar Bolsonaro, talvez fosse melhor provocar uma prisão preventiva agora, do que ariscar o trânsito em julgado, mesmo para um tipo de crime (tentativa de golpe de estado e atentando contra a democracia) que, infelizmente, pelo memos 1/3 da população não só não considera um crime, como é favorável a ele.
Tivessem julgado Bolsonaro, primeiro, pelo roubo de joias, por peculato e por associação com o “escritório do crime”, ele já teria perdido a base de apoio e não teria tanta “poeira” prejudicando a percepção do povo brasileiro a respeito da política
Ademais,
Força ao Stoppa. A gente apoia ele, mesmo quando discorda, pois é um cara que consegue descer o máximo possível para se fazer entender. E parabéns para os idealizadores do sitie, ficou muito bacana.
PS: A profusão de informação age contra nós, pois não temos capacidades cognitivas de abstrair a grande quantidade de dados em que circulam em tempo real. Sugiro, uma cronologia dos eventos, de fácil acesso, para temas que estão circulando. Por exemplo, sobre o INSS. Colocar os eventos em sua ordem temporal, na forma de narrativa histórica, é uma maneira de orientar a ação dos indivíduos, pois o que mais tem é trabalhador agindo contra seus próprios interesses, simplesmente porque se convenceu pela narrativa de gente poderosa.