STF julga militares acusados de integrar núcleo golpista: o que está em jogo
Primeira Turma do Supremo avalia denúncia contra 12 militares e um policial federal por participação em tentativa de golpe de Estado em 2022

Nesta terça-feira, 20 de maio de 2025, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento para decidir se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 12 militares e um policial federal acusados de integrar o núcleo militar de uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A denúncia inclui crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Os acusados são:
- Bernardo Romão Correa Netto (coronel)
- Cleverson Ney Magalhães (coronel da reserva)
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel)
- Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel)
- Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)
- Nilton Diniz Rodrigues (general)
- Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel)
- Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel)
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel)
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)
- Wladimir Matos Soares (tenente-coronel)
A denúncia da PGR aponta que os acusados promoveram ações táticas para incentivar o golpe, incluindo uma campanha pública deliberada para pressionar o Alto Comando das Forças Armadas a aderir à trama golpista.
A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. O julgamento está previsto para ocorrer em três sessões: duas nesta terça-feira, às 9h30 e às 14h, e uma na quarta-feira, 21 de maio, às 9h30, se necessário.
Se a denúncia for aceita, os acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF. Este julgamento é mais um desdobramento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.
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