STF limita ação digital da extrema direita sobre depoimentos do 8 de janeiro
Decisão do Supremo impede gravações de som e imagem nas audiências dos réus do 8 de janeiro, visando conter manipulações da extrema direita nas redes sociais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu proibir a gravação de áudio e vídeo nas audiências dos réus envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A medida visa impedir que a extrema direita manipule trechos dos depoimentos para atacar o ministro Alexandre de Moraes e deslegitimar as investigações em curso
Segundo especialistas, a divulgação de vídeos editados poderia ser usada para construir narrativas falsas e reforçar discursos autoritários nas redes sociais. A decisão do STF busca preservar a integridade do processo judicial e evitar que as audiências sejam transformadas em palcos para desinformação.
Extrema direita planejava usar vídeos para atacar Moraes
De acordo com a colunista Letícia Casado, do UOL, a extrema direita pretendia utilizar trechos dos depoimentos para acusar Moraes de autoritarismo. “O que a gente pode já esperar da oposição e da extrema direita do Brasil é que vão fazer cortes e mostrar: ‘olha, como o Moraes é descontrolado; olha, como o Moraes ameaça'”, afirmou Casado.
A estratégia consistia em descontextualizar falas e comportamentos durante as audiências para alimentar campanhas de desinformação e minar a credibilidade do ministro e do STF.
Decisão do STF visa proteger o processo judicial
A proibição das gravações foi adotada para garantir a segurança dos depoentes e a lisura do processo judicial. O STF considera que a medida é necessária para evitar que as audiências sejam exploradas por grupos extremistas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas.
A decisão também reforça o compromisso do Supremo com a transparência e a justiça, ao mesmo tempo em que protege o processo de interferências externas e manipulações mal-intencionadas.
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