Em ato do Centrão, governador de SP desafia polarização e anuncia coalizão com foco em 2026: “Temos um plano claro para o país”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, protagonizou um gesto simbólico ao “dar banana” a Jair Bolsonaro em ato do Centrão nesta quinta-feira, e declarou com ênfase: “esse grupo tem projeto para o Brasil” — sinalizando uma ruptura com a polarização e a construção de uma agenda política unificada para 2026.


O gesto e a mensagem

Durante evento na capital paulista, em comemoração à filiação de Guilherme Derrite ao PP, Tarcísio trocou referências indiretas a Bolsonaro por um gesto – interpretado como “dar banana” – e afirmou que seu grupo “vai ser forte”, tem “projeto para o Brasil” e “sabe o caminho”.

O ato reforça a narrativa de que a coalizão do Centrão busca se reposicionar como força política autônoma, focada em projeto estratégico para o país, sem subordinação à polarização PT‑Bolsonaro.


O contexto político e a aliança

O evento reuniu presidentes de siglas como PP, PL, PSD e União Brasil, além de líderes como Ciro Nogueira, Valdemar Costa Neto, Gilberto Kassab e Renata Abreu.

Apesar de Tarcísio negar pretensão presidencial — declarando que concorrerá à reeleição em São Paulo —, há forte especulação de que a coalizão esteja articulando uma candidatura única de centro‑direita em 2026, com ele como protagonista, contando com apoio de Bolsonaro, caso este recupere elegibilidade.


Implicações e tensões internas

  1. Desafiar Bolsonaro: O gesto simboliza uma distância crescente entre Tarcísio e a polarização bolsonarista, mesmo com laços políticos ainda em jogo.
  2. Coesão do Centrão: A mensagem enfatiza unidade entre partidos de tradição aliada ao governo Lula, mas que querem impor agenda própria em 2026.
  3. Tensão eleitoral: Com decisões jurídicas pendentes sobre Bolsonaro, o espaço político de Tarcísio amplia — apontando para uma candidatura que poderá ser referência de oposição independente ao PT.

Perspectiva crítica

O gesto de “dar banana” não é apenas provocação, mas estratégia: Tarcísio sinaliza autonomia e rejeita a polarização como motor político. Ao afirmar que seu grupo tem “projeto para o Brasil”, busca construir identidade própria, antes de disputar protagonismo nacional.

No entanto, a dependência de Bolsonaro para legitimar esse projeto – ainda que simbólica – revela uma contradição: enquanto diz se afastar, mantém a retórica alinhada ao legado bolsonarista. A identidade do centrão segue indefinida: é oposição a Lula, herdeiro de Bolsonaro ou um centrista independente?

Para 2026, a pergunta é: haverá um novo projeto estratégico? Ou só o remake de velhas disputas? A coerência do grupo — e sua clareza em apresentar alternativas reais à sociedade — será o teste decisivo para esse “projeto para o Brasil”.


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2 comentários sobre “Tarcísio “dá banana” para Bolsonaro e afirma: “esse grupo tem projeto para o Brasil”

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