Tarcísio no STF: lealdade a Bolsonaro ou cálculo político?
Governador de São Paulo depõe como testemunha de defesa no processo por tentativa de golpe; gesto é visto como prova de fidelidade ao ex-presidente e aposta para 2026.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prestará depoimento nesta sexta-feira (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder após as eleições de 2022. Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, é considerado um dos principais aliados do ex-presidente e possível herdeiro político do bolsonarismo.
Depoimento e contexto político
Durante o depoimento, que será realizado por videoconferência, a expectativa é que o governador negue qualquer conhecimento sobre planos golpistas e reafirme sua lealdade a Bolsonaro. Em declarações anteriores, Tarcísio afirmou que nunca presenciou o ex-presidente articulando qualquer ação fora da Constituição.
Analistas políticos apontam que o depoimento de Tarcísio tem um peso simbólico e serve para reforçar sua posição junto ao eleitorado bolsonarista, além de fortalecer sua imagem como possível candidato à presidência em 2026.
Repercussão e análise
A participação de Tarcísio como testemunha de defesa de Bolsonaro também é vista como uma tentativa de equilibrar sua lealdade ao ex-presidente com a necessidade de manter um diálogo cordial com os ministros do STF, especialmente com o relator do caso, Alexandre de Moraes.
O depoimento de Tarcísio ocorre em um momento crucial para o futuro político da direita brasileira, com Bolsonaro inelegível até 2030 e a busca por uma nova liderança que possa unir o campo conservador nas próximas eleições presidenciais.
Conclusão:
O depoimento de Tarcísio de Freitas no STF como testemunha de defesa de Jair Bolsonaro é mais do que um ato jurídico; é um movimento político calculado. Ao reafirmar sua lealdade ao ex-presidente, Tarcísio busca consolidar seu espaço como herdeiro do bolsonarismo e potencial candidato à presidência em 2026. Resta saber se essa estratégia será suficiente para unificar a direita brasileira em torno de seu nome.
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