Em depoimento ao STF, ex-ministro da Justiça nega ter extraviado o aparelho para obstruir investigação e descreve estado emocional ao receber notícia da prisão

Durante o interrogatório no STF, Anderson Torres afirmou que perdeu seu celular enquanto estava nos Estados Unidos, sob forte impacto emocional ao receber notícia da decretação de sua prisão em 10 de janeiro de 2023. Ele negou qualquer intenção de dificultar a investigação, atribuindo o desaparecimento ao estado de “transtorno” — inclusive perdeu também dólares — em meio a um momento descrito como “o mais duro da minha vida”.

Torres contou que na volta ao Brasil forneceu a senha da nuvem do aparelho às autoridades, sem esconder dados. A defesa afirmou que não houve obstrução, e que a perda prejudicou a própria estratégia jurídica do ex-ministro, já que o telefone continha mensagens relevantes.

Porém, a Polícia Federal vê o desaparecimento com desconfiança, por considerar o celular peça potencialmente importante para a investigação sobre os atos de 8 de janeiro.


Por que isso importa

  • O relato contrasta com acusações de obstrução, oferecendo um argumento pessoal que pode influenciar a avaliação de influência de provas perdidas.
  • O estado emocional destacado por Torres pode ser analisado como atenuante, mas também suscita questionamento sobre o controle na condução de sua defesa.
  • As mensagens que não foram recuperadas podem conter informações relevantes ao processo sobre o planejamento e desdobramentos do golpe.

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1 comentário em “Anderson Torres afirma que perdeu celular nos EUA por estar “transtornado” após ordem de prisão

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