A gestão Trump ameaça impor sanções a Alexandre de Moraes e outros ministros do STF, em uma escalada autoritária que transforma política externa dos EUA em arma ideológica contra democracias soberanas.

Trump declara guerra ao STF: sanções miram Moraes e democracia brasileira

A investida é tão simbólica quanto perigosa: o governo Trump — de volta ao cenário global como um espectro do autoritarismo — ameaça impor sanções diretas contra o ministro Alexandre de Moraes e outros membros do Supremo Tribunal Federal. Sob a justificativa de “violação de liberdades civis” e com base em uma interpretação ultraconservadora da Lei Magnitsky, os EUA pretendem transformar sua diplomacia em ferramenta de vingança ideológica. O objetivo? Punir quem ousa defender a Constituição brasileira contra milícias digitais e tentativas golpistas lideradas por setores da extrema-direita.

O recado foi dado sem rodeios. A lista de possíveis alvos inclui juízes e procuradores brasileiros que atuaram contra a desinformação e os ataques ao processo eleitoral — ou seja, os mesmos que garantiram a normalidade democrática em 2022. A medida, se implementada, representa uma interferência externa sem precedentes nas instituições brasileiras, além de inaugurar um novo capítulo na escalada de tensões entre Washington e Brasília.


A Lei Magnitsky como arma geopolítica contra democracias do Sul

Originalmente criada para punir oligarcas russos, a chamada Lei Magnitsky agora é usada como pretexto para alvejar autoridades que não se curvam à agenda neocolonial norte-americana. Não se trata de defesa de direitos humanos — trata-se de retaliação política. Moraes tornou-se símbolo da resistência institucional brasileira diante da ofensiva antidemocrática do bolsonarismo, e por isso, agora, é apontado como “inimigo da liberdade” por aqueles que apoiaram uma tentativa de golpe.

O Itamaraty já foi alertado, e o presidente Lula, segundo fontes da diplomacia, considera “inaceitável” qualquer tipo de sanção unilateral a autoridades de um país soberano. O Brasil, inclusive, articula uma resposta conjunta com outros países da América Latina, denunciando essa tentativa de extraterritorialidade como uma forma de imperialismo jurídico e político.


STF e o Brasil não devem recuar: é hora de reafirmar soberania

A pergunta que devemos fazer é simples: que tipo de democracia os Estados Unidos estão promovendo ao ameaçar magistrados por defenderem eleições limpas? O governo Trump — mesmo antes de assumir — já ameaça diretamente a soberania do Brasil, interferindo em questões internas e tentando intimidar juízes que apenas cumpriram seu papel constitucional.

A direita brasileira, claro, comemora. Eduardo Bolsonaro, Zambelli e seus aliados veem nas sanções uma forma de vingança contra aqueles que barraram o golpe frustrado de 2022. Mas não se enganem: essa ofensiva não tem nada de patriotismo — é submissão colonial. Se o Brasil aceitar esse tipo de ataque calado, abre-se um perigoso precedente. Hoje é o STF; amanhã pode ser qualquer órgão que ouse contrariar os interesses de Washington.


VEJA MAIS
Galípolo desafia governo e apoia PEC da autonomia financeira do Banco Central
Congresso avança com projeto e isola Marina Silva
Marina Silva: Um Obstáculo ao Desenvolvimento Nacional? – por Leonardo Stoppa

BAIXE AGORA

GUIA PROGRESSISTA 2025

Você também receberá e-mails com as últimas notícias!

Não fazemos spam! Leia mais em nossa política de privacidade

Compartilhe:

2 comentários sobre “Trump mira Moraes: sanções dos EUA ameaçam STF e escancaram ofensiva internacional contra o Brasil

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.